BANHO DE SOL

Banho de sol

O ponto de partida para a criação do espetáculo Banho de Sol foi o encontro de quatro artistas, mulheres, arte-educadoras, com outras 30 mulheres em situação de cárcere. Ao longo de um ano, estas arte-educadoras, ocuparam um complexo penitenciário feminino com o intuito de desenvolver o projeto “ A arte como possibilidade de liberdade”. O que motivou a criação do projeto foi a seguinte pergunta: pode a arte possibilitar momentos de liberdade para mulheres em situação de cárcere?”

A princípio a ideia era mesmo somente fazer com que mulheres em privação de liberdade tivessem a oportunidade de vivenciar uma experiência artística, momentos de troca, de afeto, de integração entre elas, e, a partir daí ver como todas essas atividades reverberavam no cotidiano delas. Se a arte poderia mesmo propiciar momentos de liberdade para mulheres em situação de cárcere.

Acontece que a realidade vivenciada pelas professoras/ mulheres/artistas de teatro foi tão intensa, que as provocou a criar uma obra artística, para que esta vivência pudesse ecoar para além dos muros da penitenciária.

A intenção primeira de Banho de Sol é dividir com o público, por meio das memórias das artistas/professoras, o processo de transformação que elas vivenciaram ao longo de um ano de trabalho dentro de um Complexo Penitenciário, trazendo à tona os preconceitos, julgamentos, a crise do sistema prisional, o poder humanizador da arte, o poder do afeto, a opressão, o abandono das mulheres em privação de liberdade, etc. Tudo isso a partir de memórias de corpos que ouviram, viram, viveram e conviveram com esta realidade. Os corpos e vozes das professoras serão a ponte para trazer para a sociedade toda a discussão vivenciada por elas dentro do presídio.

O mote dramatúrgico do espetáculo é a forma como o público é convidado a exercitar a empatia e alteridade. É um espetáculo aula, uma vivência. Mediadas pelo jogo teatral, as experiências e reflexões vividas pelas professoras de teatro dentro do complexo, vão sendo divididas e construídas com o apoio de algumas mulheres da plateia.

Sinopse

Ao longo de um ano, quatro professoras de teatro ocuparam um complexo penitenciário feminino, uma vez por semana, durante as duas horas do banho de sol. Esta obra é sobre este encontro. Um convite ao público a lançar um olhar para janelas que foram abertas através da arte, fazendo com que a realidade destas mulheres em privação de liberdade ecoe para além daqueles muros.

Ficha técnica

REALIZAÇÃO: Zula Cia. de Teatro

DIREÇÃO: Mariana Maioline e Talita Braga

DRAMATURGIA: Talita Braga

TEXTOS: Gláucia Vandeveld, Kelly Crifer, Mariana Maioline e Talita Braga

CONSULTORIA DRAMATÚRGICA: Vinícius Souza

CRIAÇÃO E ATUAÇÃO: Gláucia Vandeveld, Kelly Crifer, Mariana Maioline e Talita Braga

ILUMINAÇÃO: Cristiano Araújo

TRILHA SONORA E VÍDEOS: André Veloso

CENÁRIO, FIGURINO E EXPOGRAFIA: Alexandre Tavera

DIREÇÃO DE TEXTO: Ana Hadad

ASSESSORIA DE MOVIMENTO CÊNICO: Fabrício Trindade

DESIGN: Philippe Albuquerque

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Andréia Quaresma

ASSESSORIA JURÍDICA: Lívia Vilela Bernardes

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO: Mira Comunicação

TRADUÇÃO PARA O ESPANHOL: Tereza Zamorano

AGRADECIMENTOS: nossas queridas alunas, Priscylla Lobato, Clara Garavello, PRESP, Grupo Teatro Invertido, Robson Vieira, Patrícia Ferreira, Daniela Tiffany, Direção do Complexo Penitenciário que recebeu este projeto, Tainá Rosa, Fernanda Fernandes, Sérgio Abritta, Lili Doces, Elisa Massa, Haydée, Rose, Amora, Víctor, Tia Nívea, Alex, Ettore, Valentina, Bento, Marivane, Taís, Tia Márcia, Lucas Completo, Lúcia , Gui e Teresa Zamorano

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos

DURAÇÃO: 2 horas